sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Ibope apresenta perfil da nova classe "C"


O Ibope levou ao MaxiMídia 2010 um estudo inédito sobre o comportamento e os hábitos de consumo da "nova classe média brasileira".

A classe C passou a englobar mais da metade dos brasileiros pela primeira vez este ano. São 32 milhões de pessoas, sendo 20% na classe C1 e 30% na classe C2. Essa migração em massa alterou o rumo da divisão historicamente desigual do bolo no Brasil e proporcionou o surgimento de um grupo com características socioculturais próprias.

A nova classe C é predominantemente jovem, composta em sua maioria por afrodescendentes. Em Salvador, por exemplo, 41% das pessoas que fazem parte dessa faixa da população são negros e, em Brasília, 22%.

A população de classe C tem menos problemas com o peso, em comparação com os mais ricos, decorrência direta de menos excessos na alimentação, somado a mais mobilidade física rotineira. Apenas 27% da classe C1 estão acima do peso, contra 31% da AB1.

O homem dessa categoria tende a viver menos, e as mulheres exercem mais responsabilidade sobre a família, têm mais autonomia socioeconômica e, consequentemente, de consumo.

A pesquisa revela que 19% das pessoas de classe C planejam comprar imóvel nos próximos meses e 9,5 milhões pretendem adquirir um automóvel nos próximos 12 meses (novo ou usado). A demanda reprimida (vontade de comprar) é altíssima nessa categoria social, capaz de fazer crescer consistentemente a indústria automobilística por um bom tempo.

Entre as áreas com grande potencial de crescimento, destaque para a baixa proporção da população de classe C que fala mais de um idioma (apenas 23%) e para os investimentos em aparência e cuidados pessoais, prioritários, sobretudo, para as mulheres e os jovens (64% responderam que é muito importante manter-se jovem).

A classe C prefere fazer compras em lojas de ruas, ou seja, centros comerciais abertos, e um grupo grande de consumidores acredita na propaganda e nas marcas de modo irrestrito.

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