sábado, 29 de agosto de 2009

Ministério do Meio Ambiente quer acabar com as sacolinhas



Até as crianças do grupo sabem que as sacolinhas de supermercado são as grandes vilãs para o controle ambiental. Elas levam 400 anos para se decompor, resultando num acumulo monstruoso, mesmo nos aterros sanitários mais bem cuidados. São aproximadamente 800 sacolinhas por ano, para cada brasileiro.


Tentando sensibilizar a população para esse problema e convence-la a utilizar sacolas retornaveis, o MMA resolveu desenvolver a campanha “Saco é um saco: Pra cidade, pro planeta, pro futuro e pra você”.


Essa campanha, de forma isolada, não resolve a principal causa do acumulo das sacolinhas nos aterros sanitários, nos esgotos e até mesmo em áreas preservadas. É uma característica da sociedade brasileira: o reuso para o acondicionamento de lixo, que acontece em todas as classes sociais. Desde 1980 elas causaram uma revolução na coleta de lixo, principalmente para as populações de classe baixa, que não compravam – e ainda não tem o costume de comprar – sacos de lixo por causa do preço.


Mesmo aqueles horrendos sacos de lixo são poluentes e causam danos ao meio ambiente. O correto seria mandar o plástico para a reciclagem e o lixo orgânico para a compostagem. E, como é que o lixo orgânico seria coletado? Voltariamos a usar as latas de lixo, colocadas nas portas das residências e, depois, despejadas nas caçambas do caminhões de coleta?


Não adianta insistir na não reutilização das sacolinhas como recipientes para acondicionar e transportar lixo, se o poder público não tem a solução. A campanha teria que mostrar os malefícios das sacolinhas e apresentar a alternativa correta para o descarte do lixo orgânico.

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