Todas as vezes que assisto o comercial da Intel, falando dos ídolos, me vem a frase de Andrew Grove, ex-presidente dessa empresa, ao ser informado da morte de Peter Drucker, “ele o é meu herói”.
Peter Drucker, ao longo dos seus 96 anos, construiu uma reputação impar e se tornou o guru da maioria dos administradores, desde o final da segunda guerra mundial. Bill Gates não se cansa de dizer que mantém obras de Drucker como livros de cabeceira.
Para Jim Collins, a principal contribuição de Peter Drucker não foi uma simples idéia, mas todo um corpo de trabalho. E, Drucker fez isso sem tirar idéias da cartola ou transformar-se em homem show.
Drucker passou por empresas como GM, GE, Chase, Blue Cross e IBM. De suas vivências surgiram seus livros. Ele jamais foi um consultor convencional. Seus clientes lhe pagavam para não para ouvir respostas, mas para aprender a formular questões, a exemplo das que apresentou a Jack Welch quando ele assumiu a presidência da GE, em 1981: "Se você não estivesse no negócio, entraria nele hoje? E se a resposta for negativa: o que fazer?" "São perguntas que valem por um livro", resumiu Welch em sua biografia Jack.
O mais famoso desafeto de Peter Drucker foi Alfred Sloan, presidente da GM de 1923 a 1946. Convidado por Sloan, Peter Drucker faz um trabalho de consultoria na GM, então a maior corporação do mundo, que durou 18 meses. As mudanças sugeridas por Drucker foram rejeitadas por Sloan. Dentre as sugestões apresentadas, estava a autogestão em vez da linha de montagem, que criticava tanto pelos aspectos econômicos quanto humanos. Segundo ele, a linha se movia ao ritmo do operário mais lento. Os mais rápidos se tornavam, assim, improdutivos e frustrados.
Na década de 70, os japoneses criaram as células de produção e ganharam a dianteira no setor automobilístico, passando a frente, inclusive, da General Motors.
Drucker também foi um defensor do hoje popularizado conceito de empowerment, ou delegação de tarefas. Essas idéias foram a base de seu livro “Conceito da Corporação”, que se transformaria num best-seller.
De lá para cá, Drucker esquadrinhou cada área da administração. Antecipou a importância de centrar atenção no cliente ao definir o negócio da empresa como "a criação do consumidor". Estabeleceu o papel dos gerentes. Elaborou o método de administração por objetivos. Ensinou empreendedores a produzir inovações e torná-las uma fonte inesgotável de lucros para a empresa.
Para os apaixonados por gestão de negócios, o meu ídolo é o mesmo ídolo de todos.
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