O prêmio Nobel de literatura José Saramago falaceu hoje, 18 de junho, aos 87 anos em sua casa na Ilha de Lanzarote, na Espanha, vítima de graves problemas respiratórios.
A carreira de Saramago foi acompanhada de diversas polémicas. As suas opiniões pessoais sobre religião ou sobre a luta internacional contra o terrorismo foram muito discutidas e algumas resultaram mesmo em acusações de diversos quadrantes. Logo após a atribuição do Prémio Nobel, o Vaticano repudiava a atribuição da honraria a um "comunista inveterado".
Um caso que teve alguma repercussão foi a posição crítica do autor em relação à posição de Israel no conflito contra os palestinianos. Por exemplo, a 13 de Outubro de 2003, numa visita a São Paulo, em entrevista ao jornal O Globo, afirmou que os Judeus não merecem a simpatia pelo sofrimento por que passaram durante o Holocausto... "Vivendo sob as trevas do Holocausto e esperando ser perdoados por tudo o que fazem em nome do que eles sofreram parece-me ser abusivo. Eles não aprenderam nada com o sofrimento dos seus pais e avós".
Outra situação polémica foi quando o escritor afirmou, em entrevista ao jornal Diário de Notícias, que os portugueses só tinham a ganhar se Portugal fosse integrado na Espanha.
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