O Indian Express.Com publicou matéria dando conta de que o caça francês Dassault Rafale, oferecido ao governo Indiano por US$ 80 milhões a unidade, foi oficialmente rejeitado. A alegação da Força Aérea Indiana é de que o avião não passou na fase de avaliação técnica, deixando de atender aos requisitos mínimos de desempenho.
O que mais chama a atenção na notícia é o preço da aeronave oferecida, pelos franceses, aos indianos, US$ 80 milhões a unidade (US$ 10 bilhões o lote de 126 aviões).
O governo Lula abriu licitação para comprar 36 caças e o mesmo avião Rafale está sendo oferecido por US$ 111 milhões a unidade, segundo informação publicado no Valor Econômico, quase 50% mais alto do que o valor oferecido aos indianos. Para o Brasil, o lote das 36 aeronaves sairia por US$ 4 bilhões.
Já fontes da Força Aérea Brasileira informam que o preço de cada avião não passará de US$ 56 milhões e lote está cotado em US$ 2 bilhões.
No dia 7 de setembro de 2009, Brasil e França divulgaram comunicado conjunto informando que a decisão foi tomada “levando em conta a amplitude das transferências de tecnologia propostas e das garantias oferecidas pela parte francesa”. O texto ainda declara que a França manifestou interesse em adquirir, futuramente, 10 aeronaves de transporte KC-390, o cargueiro militar em desenvolvimento pela Embraer. Ninguém falou em valores.
No dia 24 de setembro de 2009, dois aviões Rafale da Marinha francesa caíram no mar Mediterrâneo, nos arredores de Perpignan, no sudoeste da França, enquanto realizavam uma missão de teste. Os dois pilotos eram muito experientes e participavam de testes sem armamentos. Eles tentavam retornar ao porta-aviões Charles de Gaulle, de onde tinham decolado, quando caíram no Mediterrâneo no final da tarde (no horário local). As causas do acidente ainda são desconhecidas.
Deixando essa história do acidente de lado, o que está me preocupando é quanto vão custar esses aviões. Num país de múltiplos escândalos, seria importante maior transparência nas informações oficiais.
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