O documento quadrienal de defesa, publicado pelo Pentágono, reconhece e destaca o aquecimento global como sendo ameaçador para os próximos anos.
O Departamento de Defesa Norte-Americano destaca que a mudança climática contribuirá para o aumento da pobreza, via degradação do meio-ambiente, e, por conseqüência, o enfraquecimento dos governos dos países afetados e já fragilizados.
A escassez de água e alimentos aumentará a propagação de doenças e poderá incitar ou exacerbar migrações em massa. Ainda que a mudança climática não cause, diretamente, conflitos, ela poderá funcionar como acelerador da instabilidade.
Inundações massivas ou secas em outros pontos do planeta podem obrigar as forças americanas a intervir em missões humanitárias. Washington preocupa-se com países onde as condições climáticas representem um fator a mais de instabilidade, como Sudão e Somália.
Além da ameaça geopolítica, a mudança climática gera preocupação interna no Departamento de Defesa. Um aumento do nível dos oceanos colocaria em risco mais de 30 instalações militares americanas situadas em regiões costeiras. A Marinha dispõe de um grupo de trabalho encarregado da mudança climática e responsável, entre outros assuntos, pelo estudo do Ártico.
A redução do uso de energias poluentes também obedece à necessidade de diminuir a dependência de países instáveis e, por vezes, rivais dos Estados Unidos. A idéia é aplicável às Forças Armadas.
A eficiência energética, segundo o documento do Pentágono, pode reduzir o número de forças dedicadas a proteger linhas de suprimento energético que são vulneráveis diante de ataques assimétricos e convencionais e interrupções.
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