Um estudo recente da revista The Economist concluiu que metade do mundo pode ser classificada como classe média emergente, definida como a população que vive com US$ 2 até US$ 13/dia.
Há cinco anos poucos apostavam que as empresas poderiam investir nos consumidores da base da pirâmide para crescer e que o setor privado teria um papel crucial a desempenhar na diminuição da pobreza global. Na mesma época o professor da Universidade de Michigan, C. K. Prahalad, publicou um livro inédito abordando o tema. Hoje o mundo tem certeza que esses mais de quatro bilhões de consumidores são de extrema importância para as empresas, os novos negócios e a criação de um capitalismo inclusivo. Para marcar a data, o autor lança mundialmente uma edição comemorativa de "A riqueza na base da pirâmide: erradicando a pobreza com o lucro".
Ao longo desses cinco anos, Prahalad tem mantido longas discussões sobre o tema e destaca:
• É evidente o reconhecimento de que quatro bilhões de microconsumidores e microprodutores constituem um mercado significativo e representam uma força propulsora de inovações, vitalidade e crescimento.
• As pessoas da base da pirâmide não constituem um bloco monolítico. Para os que desejam engajar-se nessa oportunidade, não há uma definição universal da base da pirâmide que lhes possa ser útil. A definição deve ajustar-se ao foco de cada engajamento produtivo.
• Podemos optar por servir a qualquer segmento dessa população. Nenhuma instituição - empresa ou ONG - é obrigada a atender a toda a BP.
• Há nesses quatro bilhões um segmento tão desamparado, tão destituído de recursos, tão consumido por guerras e doenças que lhe são necessárias outras formas de amparo. Subsídios governamentais, ajuda multilateral e filantropia são ferramentas legítimas para lidar com esse segmento. Mesmo aqui nosso objetivo deve ser criar condições para que as pessoas possam escapar da pobreza e da privação, mediante sistemas autossuficientes baseados no mercado.
• O engajamento ativo com os mercados da BP requer uma nova e inovadora abordagem de negócios. Modernizar modelos de negócios dos mercados desenvolvidos não funcionará.
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