Você já assistiu algum episódio da série de TV “Life”?
É a história de um detetive que foi preso injustamente por doze anos. Sofreu o diabo, na cadeia, até ser solto e receber uma milionária indenização.
Enquanto esteve na cadeia, entre uma surra e outra, Charlie Crews tomou conhecimento, através de um livro, da filosofia zen. Agora, de volta a ativa, ele pratica esses ensinamentos na vida privada e no dia-a-dia do trabalho.
Se parece complicado um detetive praticar a filosofia zen no seu trabalho, não é mais fácil para um líder empresarial.
Mário Grieco, autor do livro “Você, Presidente?” diz é possível. Para o autor: “o capital humano deve ser o centro, o foco e o objetivo de qualquer empresa, pois são as pessoas que fazem a organização. Sem as pessoas a empresa não existe. O capital humano, quando liderado corretamente e motivado de forma adequada, resultará no sucesso de qualquer empresa. A tecnologia e os avanços nas diversas áreas são importantes, mas nunca substituirão as pessoas”.
Grieco, que desenvolveu a liderança zen, relata que o conceito é baseado na coletividade. O líder tenta desenvolver o máximo possível do potencial de seus colaboradores, buscando o crescimento de seus profissionais e estimulando o trabalho em equipe.
O gestor zen não tem medo de perder seu cargo para outra pessoa, pois sua principal característica é auto confiança.
"O grande segredo está na gestão de pessoas, no modelo de atuação por meio do qual o líder desperta talentos, contribui, delega, incentiva e, mais do isso, de fato ama seus colaboradores. Sim, estou falando sobre manter por sua equipe um sentimento de amor genuíno, incondicional, semelhante àquele que os pais tecem por seus filhos. Aquele que se preocupa, educa, constrói", explica o autor.
Na liderança tradicional, o chefe está focado no individualismo e busca funcionários parecidos com sua própria imagem. Desta forma, não criará atritos e não correrá o risco de encontrar um colaborador que possa substituí-lo futuramente.
"O tradicional inspeciona tudo que você está fazendo e, quando não está presente, as pessoas não sabem o que fazer. Ele não sabe delegar", explica Grieco.
No momento de resolver ou administrar problemas, as duas gestões têm visões diferentes sobre o assunto.
A liderança mais comum considera o erro uma falha grave e, dependendo do grau, o funcionário pode ser até despedido. Já a outra considera o erro uma oportunidade de crescimento tanto de quem errou como de quem tenta resolver a questão.